Horrível. Assustador. Deprimente. Vergonhoso. O subsolo do fundo do poço. Fim da várzea. E por aí vai…
Intervalo no vestiário do falecido Cidinho, campo do Continente, coração do Sarandirú, perdendo de dois a zero, havia equilíbrio e trato.
Final do torneio no presídio central, onde fui árbitro, chamavam-me de professor.
Na boca, há diálogo, sim, o Patrão é sensível.
No La Rosa, no Kimbau, até no Cabaré 2001 pede-se “por favor” e se agradece ao dançar com as damas. Ouvi dizer. (perdoe a comparação, gurias).
Em casa, sozinho, peço licença para cruzar sobre o cachorro até a cozinha.
Turma do sexto ano, novembro pós-feriado, aula depois do recreio, antes da educação física, há respeito, sim.
Entre os animais, que são puro instinto, no galinheiro, existe padrões de boa convivência.
Nas reuniões de condomínio há pudor. Bom, no Vivendas da Barra eu não sei.
Sobre a carpeta, o ambiente fumacento, pifado pra bater com as dez, o mão baixa o jogo errado e mesmo assim não se perde o decoro.
Na estrada, entre os caminhoneiros, nas borracharias, o pessoal da obra, da coleta seletiva, em barbearias, nos bailes de carnaval da AMVEP, no Boca do Lixo, entre os vendedores ambulantes, andarilhos, doentes da pedra, nos sindicatos, no Rotary, no Xis Calota, há polidez no trato com o outro.
Na fila do banheiro químico, fantasiado de abelha rainha, em pleno carnaval de Laguna, há um código ético a ser respeitado.
Em uma colônia de pulgas há cortesia. Numa carreira de formigas existe ordem. Baratas têm senso do ridículo.
Agora, entre ratos escrotos não há critérios. Tomem um Plasil e assistam a reunião.
Notem que a estupidez não tem mesmo limites, mas tem ministérios.
Ótima crônica! E o título, então!!!