Maitê

A natureza, com a ajuda da mãe, desenhou, na sua perfeição costumeira, essa menina aí da foto. Tão delicada e sagaz, vivíssima, cheirosa e radiante. Já veio com essa voz rouquinha que tudo consegue desse pobre paizinho aqui, minúsculo frente à potência do desabrochar de uma vida novinha em filha.

Maitê Acosta Pedroso

A Maitê fez sete anos ontem. E eu que não levo jeito com os números, também não consigo derramar em palavras o tanto que sou feliz e realizado através dela. O tamanho da minha riqueza. O peso dessa responsa. A altura do desafio. O volume do meu orgulho. A profundidade do meu amor.

Ser pai de menina, dessa menina aí da foto, é muito mais do que eu esperava, mais do que merecia, muito, muito mais do que eu consigo carregar no peito, daí que a garganta amarra e a minha boca entorta pra esquerda, por isso eu escrevo aqui o que não consigo dizer pra ela, porque eu choro, choro de alegria.

Filha, Tetê, Maitóca do pai, minha varinha mágica e cabeluda, você me motiva todos os dias a ser uma pessoa melhor. Jamais perca esses valores dos quais o mundo anda esquecido, nossa travessia, juntos por aqui, é tão breve, tão efêmera e sutil que temos a missão nos abraçarmos todos os dias. Combinado?

Hoje vamos andar de bicicleta, tomar sorvete, jogar bola, brincar de escolinha, de doutora e paciente, vamos pintar o sete com tinta gauche, comer algodão doce com suco de uva, ver um filme de cabeça pra baixo no sofá, pular na piscina, brincar de esconder, passear com a Maria Flor, deitar na grama redesenhando nuvens e dormir na sobra do nosso Ipê amarelo.

E se isso não compensar esse textinho de aniversário com um dia de atraso então eu não sei o que fazer. Daí tu pergunta pra tua mãe.

Te amo, muito, muito e mais, e mais ainda.

🙋‍♀️💝

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1 comentário em “Maitê”

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