Meu gordo amigo

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em memória de
Régis Valdemar de Lima Hasperoy

 

 

Meu gordo amigo me perdoe por favor

Se não uso o facetime

Mas como agora arrumei meu computador

Te deixo ao par na timeline

 

Aqui na terra nem te falo em futebol
Tem muito choro, muito esquema e delação,
Uns dias greve noutros paralisação
Mas o que eu quero é lhe dizer que a coisa aqui tá feia
Meu pé de meia tá furado no dedão
A gente acompanha o noticiário é só desgraça
E a gente vai gritando, mas com toda essa mordaça
Ninguém segura à convulsão

Meu gordo amigo eu não pretendo incomodar

Nem lhe causar muita ansiedade

Mas acontece que eu tenho que lhe contar

No que virou nossa cidade

Aqui na terra eu já te falo o futebol
Tem muito moro, muito coro e pouca ação
Um dia protesto noutro dia ocupação
Mas o que eu quero é lhe dizer que a coisa aqui tá feia
A santa ceia já nem vem mais pro Natal
A gente vai trocando o peru pelo franguinho
E a gente vai fumando que, também, sem um fininho
Ninguém suporta a situação

Meu gordo amigo eu bem queria te ligar

Mas o serviço anda funesto

Se me permites, mas vou ter que repassar

Notícias tristes nesse texto

Em nossa terra acabou-se o futebol
Tem muito choro e taça lá no coirmão
Uns dizem cai outros falam em tapetão
Mas o que eu quero é lhe dizer que a coisa aqui tá feia
Tem essa PEC assassinando a educação
A tua Cintec corre o risco de extinção
Talvez o fora temer caia antes do carnaval
Lamento mas, sabe o nosso Internacional
Foi pra segunda
di
   vi
     são.

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2 comentários em “Meu gordo amigo”

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