Verso soluço

PicsArt_07-10-09.32.41

Sou, mesmo, um prolixo candidato a escritor, um rebelde sem pausa.
***
Tudo em mim se manifesta / de forma e maneira exata / com que eu pareça uma besta.
***
Ontem, juro, vi um menino colhendo cultura na lata de lixo.
***
Quantos likes merece o WikiLeaks?
***
Escrevo sobre a teimosia dessas minhas frases sem dor nem rima.
***
Gostava daquele café batido com gemada que deixei esfriando na janela da minha infância.
***
Na granja, cedinho, antes da canja do galo, a galinha (com)pôs no poleiro.
***
Só o que me motiva são os motivos que tenho.
***
Em terra de olho grande, lavajato é colírio.
***
Diga-me / meu bem / na ponta da tua língua / quantas dobras tem / minha orelha de origami.
***
Por vezes, marco encontro comigo. No subsolo do fundo do poço do meu umbigo. E não vou.
***
Então, eu

tentando ser chique,

posando de nobre,

queria, no osso,

frases de Raul Drewnick.

Perdão, seu Raul,

tamanho trambique,

tanto pela rima pobre,

quanto pelo verso soluço,

Não há o que justifique.

gostou? compartilhe e curta!!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rolar para cima