E agora como é que eu desvio
de todo a armadilha da vida,
se a cada almoço de domingo eu me sentia maior.
E agora me diz como eu não desisto
de todo esse engodo da vida,
se a cada almoço de domingo eu me fazia real.
Agora como é que eu insisto
nessa correria da vida,
se a cada almoço de domingo eu me sentia mais veloz.
E agora como é que eu me atino
nas voltas e voltas da vida,
se a cada almoço de domingo eu me sentia um rei.
Agora me diz como é que eu me viro
em cada tropeço na vida,
se a cada almoço do domingo eu me sentia feliz.
E agora como é que eu me visto
e encaro a batalha da vida,
se a cada almoço de domingo eu me sentia especial.
Agora como é que eu filtro
o ódio do ódio da vida,
se a cada almoço de domingo eu me sentia em paz.
E agora como é que eu me vingo
de toda derrota da vida,
se a cada almoço de domingo eu me sentia um vencedor.