Então, ao nos lançarmos à rua, todo o santo dia será dia santo.
Quando a largueza enfim abrir suas asas, nos abraçamos imenso.
Daí que depois do depois do isolamento, a queda de todas as máscaras.
E foram calçadas pra que te quero.
Agora, respira-se aos assovios.
“Bons dias” e “boas tardes” redizem seus votos em cada esquina.
O cotidiano, de esperanças novíssimas, o cabelo lambido, todo engomadinho.
Saudade vestiu-se como quem vai pra lugar nenhum – e foi.
De porre na madrugada alta, as sandálias pendendo nos ombros, fala sozinha e bebe Gin no gargalo.
Até quem não é de oração fez uma prece de gratidão e alívio.
Nessa hora, bem nesse mesmo hoje, descativamos relógios e calendários.
E foi a partir de então que o outro se revelou um bálsamo.
Emocionou-me até o último fio de cabelo, Tiago! Linda crônica!